Quando menor sempre admirei o cuidado da minha mãe com as plantas, mas não entendia o porquê de tanto zelo por elas. Deveria ser para que não morressem como o ciclo natural que aprendemos na escola: Nasce, cresce, reproduz e morre.
Que maneira horrível de ensinar sobre as plantas. Planta nunca morre. Planta dar lugar para que outra cresça.
Que maneira horrível de ensinar sobre as plantas. Planta nunca morre. Planta dar lugar para que outra cresça.
Em uma conversa franca com a minha vó (mãe de mamãe), que também é fascinada por plantas, perguntei a ela porque o costume de plantar tanto.
Ela com sua voz rouca respondeu-me:
Ela com sua voz rouca respondeu-me:
-Para que possa conversar com elas, desabafar os meus problemas que só a elas posso confiar e desfrutar de sua beleza, pois as únicas lembranças que desejo ter antes da morte é a dos momentos bons e de como é bela uma orquídea.
No mesmo instante ficou claro o motivo de mamãe tanto cuidar de suas palmeiras, orquídeas, samambaias e espadas de são Jorge. Ela também conversava com elas.
“Os céus proclamam a glória de Deus, E o firmamento anuncia as obras das suas mãos“.
Salmos 19:1
Salmos 19:1
Pude perceber que minha mãe e minha vó não são loucas por conversarem com plantas e tampouco são Francisco de Assis fora por conversar com a natureza. Mas, eles perceberam que se não é possível encontrar Deus em uma instituição na qual alguém fala de suas próprias ideias, na turbulência do dia-a-dia ou nos desamores diários, melhor que se converse com a criação que anuncia o que Ele sempre quis dizer.
“Unir-se com o Criador através das coisas por ele criadas é também oração”.
Paz e Bem