“Se Jesus não me amasse tanto assim, talvez não visse flores por onde eu vi,
E vivesse na escuridão”
Mateus 6:22-23
Imagine uma situação, em que vai visitar um amigo muito especial e confidente. E chegando a sua casa, se depara com um enorme e lindo jardim na entrada, com maravilhosas orquídeas, papoulas, um verde fantástico, quase que divino, que prende sua atenção e lhe proporciona a mais bela contemplação nunca vista antes por você.
Agora, pense num dia em que teve uma fervorosa discussão com sua esposa, ou namorado, ou seu chefe, ou não conseguiu pagar as contas do mês, e isso lhe deixou muito estressado, nervoso, aflito, angustiado, sem saber como lhe dar com toda essa situação.
Então, lembra-se do seu amigo, e vai novamente à sua casa para lhe pedir um conselho, uma força, um ombro. E sem se dar conta, passa pelo jardim sem ao menos percebê-lo, pois sua mente está carregada dos problemas do dia-a-dia, e só pensa em resolvê-los.
Isso abafou o olhar que dias antes contemplava o jardim sublimemente.
Portanto, se o meu olhar ainda está sendo regido pelo curso deste mundo, pelos acontecimentos secundários, pelos problemas que acontecem fora do meu ser, então o meu corpo está se transformando em escuridão3(ao cubo).
Ora, pra que o meu corpo se torne totalmente luz, é necessário uma entrega sem restrições às vias de fato do Evangelho. É preciso abandonar-se a Deus, para que todas as camadas existentes no nosso ser, sejam arrancadas e sendo arrancadas, sobrará somente o eu. Sobrará apenas o eu que foi criado pra ser totalmente amor, sem os aprendizados desta vida, sem as coisas adquiridas através desta existência.
Pois aprendemos e experimentamos que, a luz reveladora que há no Evangelho, não nos permite viver brincando de “esconde-esconde” com os nossos sentimentos, ações e emoções. É uma luz que revela todos os nossos segredos, que retira todas as nossas máscaras e que nos ensina a enxergar a realidade da existência.
Mas, em contra partida, a luz e o amor que existe no Evangelho, nos permite enxergar um “carnaval no engarrafamento”, nos faz ouvir as “buzinas tocando flauta doce”, nos faz ver “ as prostitutas sendo mães dedicadas”. Não fugindo da realidade, mas desejando enxergar um ser humano sem as suas camadas, sem as coisas aprendidas, mas vendo apenas um ser que foi feito para amar.
Pois sabemos que, a ignorância, a maldade, o preconceito, são sentimentos aprendidos. Logo, não existe ninguém ignorante, malvado ou preconceituoso, todos aprenderam a ser assim.
Ora, se nós aprendemos a ser ignorante, malvados e preconceituosos, podemos também ser ensinados a Amar.
Pois, a luz que há no Evangelho, nos faz enxergar por entre as brechas dos nossos aprendizados e nos ver as pessoas como elas deveriam ser, tendo a esperança que a prostituta e o ladrão tiveram, quando Jesus os enxergou apenas pela via do amor que perdoa, e os amou pelo que Deus fez, e não pelo que eles aprenderam.
Assim é a loucura do Evangelho!!!
Pense Nisso!