E quando estiver lá no finzinho,
depois que os cenários estiverem desmontados, as fantasias rasgadas, baixadas
as cortinas, desfeitas as maquiagens, acabado o texto, morto o personagem?
Sobreviverei eu ao encontro de mim
mesmo?
Resistirei ao me deparar com os
olhares alheios, escaneando e revelando uma sequência inteira das minhas performances?
E aquele que você imitava?
Perguntarão.
Gostava mais daquele dos fins de semana.
Insistirão.
Desço as escadas do
palco com muito medo e angústia, por saber que encarar a verdade de mim mesmo
será a derradeira sentença de morte a que serei submetido.
Mas estou decidido a fazê-lo.
Cansei de interpretar.
Já se passaram 29 anos e agora decidir ser quem eu nunca fui.
Principalmente depois de descobrir que nenhuma mascara pode
ficar grudada em meu rosto.
Em instantes espirarei...
...é por isso pai, que “EM TUAS MÃOS, ENTREGO O MEU ESPÍRITO”.
DOUGLAS ELLE
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