DESATANDO AS ALPARCAS

            Algumas questões, servirão de base para o nosso aprendizado no decorrer da vida como um todo, será necessário ás vezes, isolar-se ao mundo de incógnitas, para que sejam resolvidas as equações desajeitadas da nossa alma. É ter que perder o medo de ser posto em análise pelos olhares alheios, é ter que enfrentar os julgamentos desproporcionais pelas consciências dos que estão à sua volta, é ter que na maioria das vezes, viver apenas consigo mesmo, pois o seu modo de ver as coisas já não agradará a muitos ao seu redor.

Para que servir a Cristo, se não houver em mim uma disposição de fazer diferente diante dos confrontos diretos com os meus impulsos descontrolados.

Para que servir a Cristo, se eu não caio de joelhos implorando perdão, com a consciência pesada, por acabar de cometer algo que vai de encontro ao seu ensino.

Para que servir a Cristo, se as pulsões sexuais não me permitem entregar-me aos prazeres de uma única pessoa.

Para que servir a Cristo, se o ódio e o rancor fazem parte da minha lista de sentimentos prioritários, no qual eu exerço todos os dias.

Para que servir a Cristo, se a minha língua destrói mais vidas do que a guerra do oriente.

Para que servir a Cristo, se a minha meninice não me deixa agir como uma pessoa madura.

Para que servir a Cristo, se os “ossos do ofício ministerial” cobrir os meus olhos e o meu coração para enxergar e sentir qual o real significado do meu chamado.

          
          O passo adiante que será dado, fará tremer o chão do seu ser e abalará as suas estruturas de conhecimento e de experiência, pois não haverá sequer uma fagulha de razão para que essas coisas sejam devidamente esclarecidas no intelecto. Mas, a cada novo pisar, seremos revestidos de uma nova roupa, de um novo sentido, e a luz de uma nova esperança surgirá em frente fazendo cair ao chão todo pisado, as nossas velhas e mofadas vestes, que nos sufocavam.

          
           Nossas fossas mentais serão descongestionadas, tão logo aspirarmos o bom perfume do sagrado, do altíssimo que nos ama apesar de nós.

            A cada passo que será dado de hoje em diante, surgirá uma nova vida, um novo caminho, um novo sabor, um novo sentido, um novo amor, um novo respirar.

            
          É tempo de viver o novo. É tempo de viver o sagrado. É tempo de viver o altíssimo.

            É tempo de ir, de dar passos largos em direção contrária ao mau. É tempo de viver o hoje, e não deixar que o barulho do passado e a zoada do futuro nos tornem surdos para a linda melodia do agora.

           
            E apartir disso, enxergar à nossa frente apenas as marcas de uma sandália...

... Jesus calça 42.

DOUGLAS ELLE